terça-feira, 14 de junho de 2011

1a Reunião do Programa Além das Letras - Jaboatão dos Guararapes

No dia 23 de Maio, Supervisoras e Coordenadoras educacionais envolvidas no Programa Além das Letras (ADL - Jaboatão) reuniram-se na Faculdade Metropolitana para discutir a implementação do Programa e começar os estudos que, em 2011, terão como foco a leitura pelo professor.

Foi entregue o Calendário com as possíveis datas das formações para esse grupo de supervisores, a saber:


Calendário de Formações

Além das Letras – 2011/ 2012

MUNICÍPIO: Jaboatão dos Guararapes - PE

23 de Maio
14 de Junho
(Adiada para 15/06)
13 de Julho
17 de Agosto
21 de Setembro
19 de outubro
22 de Novembro
02 de Dezembro


As atividades transcorreram de forma dinâmica e as supervisoras envolveram-se, abraçando a implementação do Programa em suas escolas.



 
Este encontro foi realizado com os Supervisores das 18 escolas selecionadas para a implementação do Programa Além das Letras (ADL) na Rede Municipal do Jaboatão dos Guararapes. Iniciamos com as boas vindas e agradecimento por terem atendido à convocação da SEE para mais uma atividade e, em seguida, fizemos uma breve rodada de apresentações, quando cada uma disse seu nome e escola de atuação como supervisor (a).
Após as devidas apresentações fizemos alguns esclarecimentos sobre o Programa e especialmente sobre os objetivos daquela reunião e aproveitamos esse momento para deixar-lhes a par da estrutura do ADL, enfatizando a participação de cada uma das instituições parceiras, a saber: Banco Santander através do Projeto Escola Brasil, Institutos Avisa lá e Razão Social e IBM. Esse momento foi importante pois pudemos sentir a receptividade do grupo, que enfatizou a relevância desta atividade, já que esse é um Programa que visa contribuir positivamente com a elevação dos níveis (e também da criação de hábitos) de leitura de nossos estudantes através do professor, importante elemento de articulação das práticas leitoras na escola. Percebemos, no entanto, que a fala dos supervisores sempre trazia à tona o problema do excesso de demandas que lhes acompanha na escola, mas isso não foi um empecilho, pois todas se comprometeram com a implementação e acompanhamento sistemático das atividades do ADL ao lado das Coordenadoras Educacionais da SEE.
Conforme previsto em nossa pauta, fizemos a escolha de uma escriba para registrar o andamento das atividades, num caderno específico das reuniões do ADL. Destacamos que os registros retrataram a sequência de atividades realizadas naquele dia de forma bem fidedigna.
Foi feita a leitura da agenda cultural, destacando eventos de Recife e Jaboatão, entre eles o espetáculo Essa febre que não passa, a mostra 15 minutos no Jardim de Alice, além do Circo Portugal Internacional e o filme Caminho da Liberdade. Foi feita a leitura das manchetes do quadro “Notícias do dia” de um jornal de grande circulação em nosso estado e em seguida disponibilizamos o jornal completo para o grupo. Após a Agenda cultural fizemos a leitura deleite do texto Escutatória, de Rubem Alves que despertou interesse nas Supervisoras. Abrimos espaço para as colocações do grupo e em seguida retomamos o trabalho distribuindo as letras que formam as frases LEITURA PELO PROFESSOR e É POSSÍVEL LER NA ESCOLA.
As Supervisoras dividiram-se em dois grupos pelo critério de cor da letra que receberam e montaram as frases. O objetivo era fazer um agrupamento novo, capaz de misturar as supervisoras independentemente de já se conhecerem ou não, o que deu muito certo, pois os grupos tiveram que discutir e responder questões para a construção do quadro que norteou a discussão sobre as práticas de leitura que se observa nas escolas e, em seguida, sobre as finalidades de cada prática. Foi interessante constatarem que algumas práticas parecem objetivar “afastar a criança da leitura”, como colocou uma das supervisoras. Essas falas geraram um estado de incômodo com o tratamento que os professores vêm dando à leitura e isso foi importante de ser percebido fora da escola para que possa ser discutido in loco em momento oportuno. Por outro lado, foram relatadas experiências ricas e férteis de práticas leitoras, tais como a realização de atividades posteriores como o soletrando ou mesmo momentos específicos das escolas como o evento “Agosto da leitura”, realizado por uma das escolas parceiras do ADL – Jaboatão.
Após a discussão que levantou a sala, retomamos a atividades nos pequenos grupos. Desta vez, a leitura de um relato da leitura pro capítulos de Tristão e Isolda seria a norteadora da resposta às questões: 1. O QUE OS ALUNOS PODEM APRENDER NESTA ATIVIDADE?; 2. QUAL A CONDIÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE?
Essa atividade foi interessante porque mexeu com as concepções de leitura de cada professor, bem como acordou os mitos que cada um de nós carrega acerca do que é certo ou errado, possível ou inviável no trabalho com leitura na escola. Algumas opiniões divergentes aqueceram a discussão e no final fizemos algumas considerações sobre a ideia da leitura como uma viagem rumo ao novo, quando tudo é possível, reafirmando o que disse Lerner.
Para fechar esse momento, fizemos a apresentação em slides do texto É possível ler na escola? de Lerner. Na verdade esse momento foi quase uma leitura compartilhada, pois as supervisoras se envolveram tanto que até saímos mais tarde do que o previsto e por opção delas mesmas. Ao final da apresentação nos comprometemos de enviar os slides para que pudessem, caso desejassem, utilizá-los em suas reuniões de “repasse” nas escolas. Orientamos a realização da “tarefa de casa” e fizemos a leitura do livro infantil Meu irmãozinho me atrapalha, de Ruth Rocha e, logo em seguida, uma das supervisoras leu o texto O poder do entusiasmo, uma leitura provocativa para que possamos nos entusiasmar com o ADL em nossas escolas.
Ao final da reunião, uma rápida exposição oral sobre o primeiro impacto e preenchimento da avaliação da Secretaria de Educação. Ao término da reunião pudemos ler as avaliações escritas que destacaram a qualidade do material disponibilizado, a organização do tempo e da metodologia e a vontade de ver o ADL entrar na escola como força transformadora da realidade leitora das crianças e professores.
Fica agora a espera pelo próximo encontro, na certeza de que as ações impulsionadas pela presença do ADL e das Coordenadoras Educacionais nas escolas seja capaz de elevar a leitura à condição primordial do cotidiano da sala de aula. Vamos trabalhar para isso!

Vânia Maria da Silva
Érica Maria Silva Montenegro de Mélo
Jaboatão dos Guararapes, 06 de Junho/ 2011.











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